Dando
continuidade a matéria, hoje vamos falar sobre uns dos pontos mais importantes
para aqueles que querem ter um aquário plantando equilibrado, com plantas
saudáveis e fazendo trocas gasosas sem ajuda de aditivos no aquário.
O tema de hoje é Iluminação.
Um dos requisitos de grande
importância para um plantado é a iluminação necessária para que as plantas
façam a devida fotossíntese, vejam (Link)
onde vocês aprenderão como é feita a fotossíntese e as principais necessidades de
uma planta.
Contudo, falar tão somente em
iluminação é uma forma generalizada para um aquarista que almeja um plantado
com sua flora em perfeitas condições.
A Iluminação em
um aquário plantado tem uma relação direta em muitos parâmetros do aquário, é também
pela iluminação que chegaremos, por exemplo, a um aquário equilibrado ou a uma
temperatura alta na agua se não tomarmos cuidado com a ventilação.
Deste modo,
irei separar em 4 tópicos nosso tema para que tenhamos um bom conhecimento
sobre o que é necessário em termos de iluminação para nosso plantado:
1 – Temperatura de Cor
A temperatura
de cor é o método utilizado para analisar a emissão de luz de um determinado
corpo sólido em relação a temperatura, ou seja, a distribuição de energia da
luz emitida à medida que a temperatura de um corpo negro é elevada a partir do
zero absoluto.
A unidade de
medida da temperatura de cor é o Kelvin (K) ela foi adotada pois na época era a
unidade padrão de temperatura (Hoje no mundo trabalha-se com Fahrenheit e Celsius).
Quanto mais
alta a temperatura de cor, mais clara é a tonalidade de cor da luz. Quando
falamos em luz quente ou fria, não estamos nos referindo ao calor físico da lâmpada,
e sim a tonalidade de cor que ela irradia ao ambiente. Luz com tonalidade mais
suave, torna o ambiente mais aconchegante e relaxante; já uma luz mais clara,
torna o ambiente mais estimulante.
Então vocês se
perguntam: Para que serve isso? Ora para uma das coisas mais importantes do
nosso plantado a fotossíntese!
A fotossíntese é
um processo de transformação da energia luminosa em energia química realizada
pelas regiões clorofiladas das plantas. Esse processo ocorre a partir de substâncias
simples retiradas do ambiente (água e gás carbônico) e da energia fornecida
pelo Sol. Assim ocorre a liberação do oxigênio, a partir das moléculas de águas
e a síntese de glicose (nutriente orgânico) e de novas moléculas de água.
TEMPERATURAS DE COR NA ESCALA KELVIN
Então qual a faixa
ideal para a fotossíntese no nosso aquário?
A maioria dos
vegetais fazem sua fotossíntese quando o sol emite uma temperatura de cor acima
de 5.000 K até 8.000 K em alguns casos até 10.000 K.
Deste modo, deve o aquarista procurar selecionar lâmpadas com temperatura
de cor minimamente de 5.000 K.
2- Que tipo de lâmpada fluorescente será utilizada
Nesse quesito,
devemos selecionar a lâmpada de acordo com o grau de consumo de energia e até o
valor unitário na compra ou troca da lâmpada, existem lâmpadas que duram mais
que outras, outras que tem um grau de fluxo luminoso maior e eficiência menor
ou outras que tem fluxo luminoso ideal e eficiência e durabilidade maior.
Logo, vou informar
cada tipo de acordo com a utilização no aquapaisagismo e também suas vantagens
e desvantagens.
2.1 – Tubulares
São as mais
utilizadas, os tipos mais comuns utilizados são:
T5:
Vantagem: As T5
consomem menos, duram o dobro e têm muito mais poder de penetração na coluna de
água que as T8, também tem o diâmetro menor que possibilita a utilização de
mais lâmpadas em uma calha.
Desvantagens:
Preço das luminárias, o valor é diretamente proporcional ao tamanho da
luminária e a quantidade de lâmpadas que o aquapaisagista irá utilizar.
T8
Vantagem: Suas
calhas/luminárias são mais em conta que as T5.
Desvantagens:
Pouca durabilidade, Pouco grau de penetração na coluna d’agua, Alto consumo de
Energia comparado a T5
Imagem:
T5 ao lado de uma T8
2.2 - Lâmpadas U.V
A lâmpada U.V
não tem nenhuma serventia em termos de iluminação para as plantas. Na verdade a lâmpada UV conta como um elemento
filtrante adicional para água e emitindo raios ultra violeta que eliminam as
bactérias, proporcionando maior pureza da água.
2.3 - Lâmpada H.Q.I
As Lâmpadas H.Q.I
são utilizadas para aquários que são mais profundos, acima de 60 cm de
profundidade, visto que elas têm um grau de penetração maior que as lâmpadas fluorescentes.
Para se ter ideia uma lâmpada fluorescente T5 em média tem um poder de
penetração na coluna d’água de 30 -40 cm já a H.Q.I supera os 60 cm de
profundidade.
Vantagens: Rendimento Maior que as
T5, Temperatura de Cor mais próxima a luz natural do sol.
Desvantagens: Tamanho da
luminária, Temperatura (São extremamente quentes), Consumo de Energia.
2.4 - L.E.D
Os L.E.Ds estão
no mercado a pouco tempo e já vem ganhando frente às demais opções de lâmpadas no
mercado, visto sua eficiência e consumo de energia além é claro sua
durabilidade.
Vantagens:
Durabilidade (Um LED em média tem vida útil de 8 anos); baixo consumo de
energia (Economia na conta de energia chega a ser 50% menor do que uma
luminária T5).
Desvantagens: Grau
de penetração na agua, Custo da luminária profissional para aquários são muito
onerosos.
3 – Tamanho da lâmpada/Luminária
Se você está
disposto a investir em um plantado e encomendar um aquário sem antes verificar
o tamanho da luminária e das lâmpadas que serão utilizadas terá grandes chances
de gastar o dobro na iluminação do aquário, irei explicar:
É necessários
termos consciência de que na maioria das lâmpadas tubulares (T5) principalmente,
visto que são as mais utilizadas, há uma variação da potência em relação ao
tamanho.
No geral, para
se ter uma ideia de como escolher o tamanho do aquário, recomendo ver o o
quadro relacionando tamanho/potência das lâmpadas abaixo:
Quanto as
luminárias, elas variam muito de tamanho, segue abaixo um gráfico que mostra os
principais tamanhos das luminárias encontradas no mercado:
4 – Grau de Iluminação/Fluxo Luminoso
Após definir a
temperatura de cor, é preciso observar o fluxo luminoso da lâmpada, pois quanto
maior ele for mais iluminado nosso aquário parecerá e menos lâmpadas serão
utilizadas.
A unidade de
medida para o fluxo luminoso é o LÚMEN.
Antigamente muito
se falava no parâmetro “informal” Watts por Litros que não deixa de ser uma boa
quantidade mas se você for colocar isso de forma determinante para um aquário
plantado, o fluxo luminoso irá fazer toda a diferença no desempenho e
crescimento das plantas. Portanto, esqueçam esse parâmetro W/L e comessem a
idealizar o fluxo luminoso como o parâmetro central na escolha de uma lâmpada
para o aquário.
Logo, devemos
aderir a ideia de que quanto maior o número de lúmens que a lâmpada emitirá,
mais brilhante ou mais intensa será a luz e consequentemente melhor será para
as plantas do seu aquário.
Conhecer o
valor de lúmen por watt é mais importante do que W/L, pois podemos economizar
energia e proporcionar uma iluminação mais eficiente para o aquário plantado,
por isso devemos seguir essa regra de lúmens por litro.
Essa regra
serve para calcularmos a quantidade correta de lâmpadas necessárias para se
manter um aquário plantado.
Vamos a um exemplo prático:
Portanto,
podemos concluir que, o que deve ser analisado em qualquer projeto de
iluminação para um aquário plantado é o rendimento em lúmens. Uma lâmpada de qualidade
fornece mais lúmens que uma quantidade maior em Watts mais com menos fluxo
luminoso, ou seja, mais lúmens pelo mesmo preço.
Não adianta
muitas lâmpadas com quantidade de lúmens pequenas (600 l). Irá resultar em um
consumo alto e uma iluminação nem tanto vantajosa, estando ai o diferencial em
encontrarmos boas marcas para colocarmos na nossa luminária.
Por hoje é só.
Dúvida deixem
nos comentários.
Até Sábado
postarei sobre o restante da matéria.
Gostei e aprendi bastante. obrigado
ResponderExcluirComentário muito esclarecedor!
ResponderExcluirConsegui tirar todas as minhas dúvidas.
Obrigado
muito interessante a material
ResponderExcluirGostei muito ..das explicações ...
ResponderExcluirExcelente artigo.
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